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POLÍCIA

TRÊS PESSOAS SÃO PRESAS POR SUSPEITA DE ROUBO DE INSUMOS AGRÍCOLAS

Três pessoas foram presas pela Polícia Militar, na manhã desta quarta-feira (21), em Machado. O trio, composto por um funcionário da Coopama (Cooperativa Agrária de Machado), um empresário do ramo de insumos e implementos agrícolas e por um funcionário do referido empreendedor, foi flagrado após retirar, sem nota fiscal, galões de produtos utilizados em lavouras de um galpão da entidade machadense. A suspeita é de que o comerciante adquiria os produtos mais baratos do empregado da cooperativa e os revendia abaixo do preço de mercado, obtendo lucros exorbitantes com o repasse.

De acordo com as informações obtidas pela reportagem da Gazeta, por volta das 10 horas, compareceu a um posto da Polícia Militar o gerente da empresa que presta serviços de segurança privada à Coopama. Ele estava acompanhado de uma coordenadora da loja da entidade e de um supervisor comercial, que relataram uma situação recorrente de subtração de defensivos agrícolas em dos galpões da instituição.

Conforme os representantes da cooperativa, na presente data foi filmada a ação de retirada de tais produtos, sem haver saída no sistema de notas. Nas imagens é possível notar, por volta das 7 horas, a chegada de Bruno Ferreira (24 anos), funcionário da empresa Agro e Rações, situada na Avenida Artur Bernardes e que comercializa produtos agrícolas, estacionando uma Volkswagen Saveiro, com placas ETW – 2322, de Machado, na Rua Joaquim Soares, ao lado do depósito de agripeças.

Logo após parar, Bruno entra no galpão e faz contato com Charles da Silva (29), auxiliar de carga e descarga da Coopama, que recebe um papel e aparenta vistoriá-lo, simulando o recebimento de uma nota de saída de produtos. Depois, Charles separa o pedido e leva diversos galões de insumos para a lateral do depósito. Os materiais são acondicionados na caminhonete e transportados por Bruno em duas viagens.

Após averiguarem as imagens e suspeitarem da ação do funcionário, os representantes da loja conferiram as transações relatadas no sistema de saída de notas e não localizaram nenhuma que comprovasse a venda dos respectivos produtos na presente data, bem como não havia nota alguma em nome de André Piascetini (26), patrão de Bruno e suposto proprietário dos itens que o mesmo tinha ido buscar.

Diante dos fatos e em posse das imagens, a Polícia Militar se dirigiu ao depósito da Coopama, onde deu voz de prisão a Charles. Em seguida, a Guarnição se deslocou até a loja Agro e Rações, pertencente a André e onde Bruno trabalha.

Assim que chegaram ao estabelecimento, os policiais foram ao encontro de Bruno, que passou a demonstrar extremo nervosismo. Questionado sobre a propriedade da Saveiro, o rapaz alegou que a mesma era sua. Logo, os militares solicitaram que o jovem a abrisse para vistoriar o seu interior. Durante as buscas foram encontrados, no interior da carroceria, os materiais vistos na filmagem feita no galpão da Coopama.

Indagado sobre a origem dos materiais, a princípio, Bruno relatou que eram seus. Porém, ao receber ordem de apresentação da nota fiscal de compra dos mesmos, titubeou e mudou a versão, afirmando que tudo pertencia ao seu patrão e não sabia onde estava o documento. Pouco tempo depois, André chegou à loja. Perguntado sobre a nota fiscal dos produtos, ele também não soube explicar a origem dos materiais.

Diante dos fatos, a dupla recebeu voz de prisão e foi cientificada de seus direitos e garantias constitucionais. A caminhonete utilizada no suposto delito foi removida ao pátio credenciado por estar com a documentação irregular.

Posteriormente, o trio foi encaminhado à sede da 164ª Cia PM para o registro do Boletim de Ocorrência pertinente ao fato. Em seguida, todos foram levados à Delegacia de Polícia Civil para prestar depoimentos.

Bruno não teve o envolvimento comprovado no delito, já que alegou apenas estar cumprindo ordens do patrão sem saber, ao certo, do que se tratava. Devido a isso, ele acabou sendo liberado na mesma data. André e Charles tiveram os flagrantes ratificados, mas foram soltos após pagarem fiança arbitrada pelo delegado Juliano Lago.

Agora, André responderá na Justiça por receptação qualificada e Charles por furto qualificado.

Carga valiosa

De acordo com as apurações feitas pela equipe da Gazeta, os materiais subtraídos da Coopama possuem valor de mercado de aproximadamente R$ 7.619,20.

Segundo a Polícia Militar, André relatou que compraria tais produtos por valor de mercado muito inferior, pagando, por tudo, cerca de R$ 2.500, faturando cerca de R$ 5 mil.

Charles: o funcionário da Coopama
André: o proprietário da Agro e Rações (Fotos: redes sociais)
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