C043A988-42D5-44C0-8E29-78D147F78FE4
60EBBE17-0593-40E3-9854-1F0640FFFE56
IMG_6992
7084313d-d3cd-474b-923e-c23dc0ea6882
IMG_8613
previous arrow
next arrow
POLÍCIA

JOVENS SÃO DETIDOS POR TRÁFICO DE DROGAS E RECEPTAÇÃO

Quatro jovens foram detidos pela Polícia Militar, na noite do último dia 23 (sábado), por receptação e envolvimento com o tráfico de drogas. Com o grupo também foi apreendida uma grande quantidade de entorpecentes, dinheiro e telefones celulares de origem suspeita.

De acordo com as informações obtidas pela reportagem da Gazeta, por volta das 22 horas, a jovem M.E.P.L.A. (20 anos), acompanhada da amiga S.P.D.A. (20), compareceu à sede da 164ª Cia. PM para relatar que seu namorado A.F.L. (31) teria furtado seu telefone celular e o trocado por drogas.

Na denúncia, a jovem relatou aos policiais que sempre tinha o costume de deixar o aparelho com o companheiro. Porém, na referida data, A., que, segundo a vítima, é dependente químico, se apossou do celular sem o consentimento da companheira se e dirigiu até um lugar de comercialização de entorpecentes, realizando a troca do aparelho por drogas e um celular inferior ao que lhe pertence.

Ainda segundo a moça, depois de dar falta do telefone, ela conversou com o namorado perguntando sobre o mesmo. Então, A. confessou que teria passado o celular para um indivíduo chamado G.S.F. (20), bastante conhecido no meio policial pela prática de crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e furto, além de ser alvo de diversas denuncias anônimas e de estar comandando o comércio de entorpecentes no bairro Novo Horizonte, aliciando menores para a prática ilegal.

De posse das informações, guarnições seguiram para a residência do namorado de M.E., logrando êxito em encontrá-lo. Questionado sobre as acusações feitas por sua companheira, o rapaz confirmou que teria pegado o celular sem que ela percebesse e levado a uma “boca” para tentar conseguir saciar sua vontade de consumir drogas. Diante disso, o rapaz recebeu voz de prisão por furto. Em seguida, ao saber que as equipes policiais se deslocariam até a casa de G., situada na Rua Prata, A. ficou bastante nervoso, dizendo que tinha muito medo do traficante e que se a Polícia fosse até la, posteriormente, ele seria morto pelo criminoso.

Na moradia do suposto receptador e traficante, os militares foram recepcionados pela namorada do procurado, a jovem M.V.S.M. (16 anos). Indagada sobre o paradeiro do companheiro G., a adolescente passou a conversar com os PM’s de maneira ofensiva e tom de voz agressiva, dizendo: “Vocês não têm coisa melhor pra fazer não? Aqui ninguém entra na casa sem mandado! Quem manda é a gente!”. No entanto, durante a conversa com M.V., um dos policiais visualizou o autor G. e outro indivíduo fugindo pelos fundos da residência e dispensando algo em uma sacola.

Diante da situação, os militares solicitaram o apoio das demais equipes do turno e montaram um cerco-bloqueio em todo o quarteirão. Vendo aquela situação, a menor M.V. começou a xingar os membros das guarnições com palavras de baixo calão, enquanto tentava evadir para os fundos da residência, sendo abordada. Durante a contenção, a adolescente investiu contra um dos policiais e tentou arranha-lo e agarra-lo, sendo necessário o uso de técnicas de imobilização.

Na sequência, os militares fizeram buscas na área em que G. teria dispensado o objeto, sendo encontrada uma sacola contendo uma porção de cocaína, um tablete e 23 buchas de maconha, além de saquinhos utilizados para armazenar drogas e um dixavador.

Perante a descoberta, a menor namorada de G. ficou bastante nervosa e agitada, parecendo estar escondendo algo. Com isso, foi necessário acionar uma militar feminina para efetuar a busca pessoal na abordada. Ao perceber que passaria pelo procedimento de busca pessoal, a moça informou aos policiais que estava portando 75 pinos de cocaína, os quais estavam escondidos em suas vestimentas e partes íntimas, fornecendo-os de maneira espontânea.

Após receber voz de prisão, a adolescente foi autorizada a entrar em contato com algum responsável para que acompanhasse a ocorrência. Contudo, a menor ligou para um cidadão que se dizia advogado, que a orientou a ficar gritando, falando que estava sendo espancada, no intuito de inibir a ação policial. Devido ao fato do aparelho possuir senha, não foi possível identificar o número contactado e quem seria a pessoa do outro lado da linha.

Durante as diligências, compareceram à residência a genitora de G., que comunicou o acontecido à mãe de M.E., e uma advogada, que se apresentou como defensora da menor detida e do jovem acusado por tráfico.

Depois da apreensão das drogas, as ações foram voltadas para o cerco-bloqueio com o intuito de encontrar os indivíduos que evadiram da residência, já que atrás do lugar citado existe uma região de mata e o ambiente sem iluminação estava dificultando o rastreamento dos autores.

Pouco tempo mais tarde, os membros da Sala de Operações da 164ª Cia. PM recebeu informações dando conta de que os autores estavam escondidos na garagem de uma residência na mesma via e que, possivelmente, os moradores não denunciaram, pois estariam com medo de sofrer represálias por parte dos criminosos.

Com os dados em mãos, rapidamente, os policiais direcionaram o cerco policial para a residência citada, sendo que dois militares ficaram na mata existente aos fundos, enquanto outros três PM’s foram para a parte frontal da mesma.

Depois de se posicionarem taticamente, os militares visualizaram os autores e iniciaram uma conversa com os mesmos para que se entregassem, pois a casa estava cercada.

Os rapazes não acataram as ordens e saíram correndo para o interior da casa. Simultaneamente, um dos policiais solicitou apoio e adentrou no terreiro da residência no intuito de cessar a fuga dos autores.

G. percebendo que o militar estava só partiu para a agressão, desferindo socos e chutes, tentando desarmá-lo. Ambos entraram em luta corporal, vindo a cair ao solo. Naquele momento, outros dois policiais entraram pelos fundos da residência e imobilizaram o outro autor, identificado como K.C.S. (19), que estava tentando evadir.

Em seguida, outro PM foi até o local em que um colega e o traficante estavam em luta corporal e o auxiliou na tentativa de imobilizar G., que estava bastante agressivo. Em dado momento, o meliante se desvencilhou dos militares e desferiu um soco na região do nariz e no braço direito de um dos policiais.

Após a utilização de técnicas especiais foi possível quebrar a resistência de G., imobilizando-o e algemando-o. Durante a busca pessoal, os militares encontraram, no bolso direito da calça do criminoso, o celular pertencente à vítima M.E., que confessou realmente ter adquirido o celular de A. e que sabia que este era usuário de drogas.

Após a situação controlada e a segurança dos militares resguarda, os autores foram encaminhados à Santa Casa de Machado. Posteriormente, seguiram o ara a sede do Quartel PM.

Durante a confecção do Boletim de Ocorrência, A. ficou, a todo momento, ameaçando de morte a vítima M.E., devido ao fato de a mesma ter acionado a Polícia Militar para reaver o celular.

Ainda durante o registro do B.O., os autores G. e K. tentaram fazer a menor M.V. assumir a posse dos entorpecentes e a autoria do tráfico de drogas, sendo necessário separar os três autores dentro da sala. A menor se apresentou o tempo todo nervosa e agressiva, não cessando xingamentos aos militares.

As partes permaneceram na sede da 164ª Cia. PM o tempo estritamente necessário para o registro da ocorrência, antes de serem encaminhadas à Delegacia Regional de Alfenas para as demais providências.

Compartilhe