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LUTANDO PELOS DIREITOS DO POVO

Lutar pelos direitos do povo, promover a igualdade entre todos e dar dignidade à parcela menos favorecida da sociedade. É com esses objetivos que a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Ação Social), comandada pela vice-prefeita Ana Maria Gonçalves, vem atuando junto à população machadense. Os diversos trabalhos desenvolvidos pela pasta junto aos públicos infantil, juvenil e da terceira idade têm surtido um efeito muito positivo e devem ficar ainda mais abrangentes e atraentes nos próximos meses, quando novos projetos começarão a ser colocados em prática, conforme disse a vice Ana em entrevista concedida à reportagem da Gazeta. Confira:

GM: Ana, primeiramente, desde que você assumiu a pasta de Trabalho e Desenvolvimento Social, uma grande revolução foi feita no setor, especialmente na questão dos projetos destinados a jovens, idosos, crianças… Enfim, a todas as faixas etárias que compõem a família, principalmente as mais necessitadas. Sendo assim, qual é avaliação que você faz desse trabalho? O que evoluiu e quais foram os ganhos para a população machadense?

Ana: Considero que o trabalho da Ação Social, a antiga Assistência Social, evoluiu bastante. Embora o tempo ainda seja curto, já dá para sentir uma ascensão, que vem trazendo melhorias na qualidade dos serviços e dos benefícios que a população está tendo. Brinco que, hoje, não temos mais uma “Secretaria de Doação Social”, mas uma Secretaria de Ação Social, porque o assistencialismo que vinha sendo feito nas gestões anteriores, direcionando a população a sempre querer ganhar coisas materiais, não é o prisma que a gente tem trabalhado. Atualmente, prezamos para que a população sinta a dignidade que merece ter e também saiba que possui a parceria do município para lhe proporcionar melhor qualidade de vida por meio de diversos setores da Ação Social, como o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), o Creas (Centro de Referência Especializado da Assistência Social), o Bolsa Família, o SINE (Sistema Nacional de Empregos) e o Conselho Tutelar. Então, estamos mudando o foco do trabalho. Não é mais para assistencialismo, mas uma parceria que vem proporcionar melhoria de vida à população, principalmente a mais carente.

GM: Dentre as divulgações feitas dos trabalhos da Ação Social existe uma grande valorização da família, da educação no próprio lar e do preparo das pessoas para a vida em sociedade. Nesse quesito, qual a importância desse tipo de atuação, principalmente em relação a Machado?

Ana: Estamos preocupados com isto, porque via-se um trabalho do indivíduo. Antigamente, ou era trabalhado o adolescente ou a criança ou o idoso. E isto não traz resultados, porque se o indivíduo, ao voltar para o meio em que vive, não encontrar a família toda envolvida no trabalho, perderá aquele foco. Então, a família tem que estar junto, tem que ser preparada também para uma mudança de atitude, para receber noções de cidadania, de qualidade de vida. Logo, é necessário que a família esteja toda inserida no trabalho social. E, hoje, a Secretaria de Ação Social está preocupada em conversar com as famílias e colher delas as informações daquilo que precisam no momento, que são muitas coisas, como suprir o desemprego e evitar a violência, o consumo de drogas e álcool, a evasão escolar… São grandes os problemas para nossa população. Hoje, já tem um número de famílias bem grande a ser trabalhado. Temos vários bairros com população carente, em situação de criminalidade e violência, e isso tudo é muito preocupante. Não adianta ficar no desespero para trabalhar só os adolescentes, as crianças ou os idosos, que são os três públicos mais focados dentro das ações sociais. Por isso, se faz necessário o apoio da família em um todo para que haja a recuperação ou prevenção. Diante disso, vamos passando orientações, motivando as famílias para que fiquem bem estruturadas e analisando o que podemos mudar. Logo, abordamos os adolescentes, envolvendo-os em projetos, tanto sociais como educativos, esportivos e culturais, para que enxerguem a vida de uma forma diferente, eliminando o pensamento de só querer ganhar coisas. Todos têm que buscar e conquista seus objetivos, não apenas ganhar. E é nesse sentido que temos que melhorar, trabalhando na forma correta. Sabemos que precisamos reestruturar melhor o CRAS, o CREAS e os abrigos de Machado, porque essas instituições são diretamente ligadas à Secretaria de Ação Social. Coordenando esse trabalho, conseguiremos promover qualidade de vida a todos, pois a família é a base, e isso estava esquecido.

GM: Atualmente, o Executivo é composto por um prefeito que veio da área escolar e que preza muito pela Educação. Já você vem da área social, através de seus projetos, como a Associação Amigos da Vida. Seguindo este raciocínio, qual é a sua visão sobre o trabalho desenvolvido junto às famílias carentes?

Ana: É bacana, porque temos que trabalhar integrados. O trabalho de Assistência Social tem que estar integrado com a Educação e a Saúde. Até é fácil entender as pessoas que ficam na dúvida em relação ao Bolsa Família, por exemplo, pois ele não é só assistência social, é Educação e Saúde. Se a criança não é acompanhada no Posto de Saúde, não é pesada, não passa por nutricionista, não recebe vacinação, tudo isso reflete lá no benefício que a família recebe. Por isso é importante que a criança seja bem cuidada. Se não possuem frequência escolar ou um acompanhamento dos pais em reuniões, essas crianças não estarão seguindo os fluxos determinados pela Secretaria de Educação, e isso vai refletir lá no Bolsa Família. Então, de repente, a família tem um bloqueio do benefício porque não está cumprindo as metas com relação à Educação e à Saúde. Sendo assim, a Educação de Tempo Integral, que é um foco do prefeito, vai ter essa efetivação, assim como começou com o apostilamento nas escolas, que está, cada vez mais, melhorando as coisas. E isso será refletido no serviço da Ação Social, pois essas crianças já vêm crescendo com uma orientação educacional, com um acompanhamento efetivo e técnico, para que conduzam as suas vidas de uma forma diferente daquelas que viveram até agora, ficando na rua, desnutridas, sem higiene… Quando estão na escola isso vai melhorando. Já tenho a experiência e facilidade de ouvir as pessoas, de entrar no mundo delas, e isso realmente me deixa muito satisfeita, porque, se não estabelecermos vínculos, se não criarmos um elo de confiança com as famílias, a gente não consegue trabalhar. Portanto, temos esse diferencial de irmos até as famílias, e não apenas esperar que venham até a gente. Esta tem sido a conduta dos nossos trabalhos, e acredito que vai melhorar cada vez mais.

GM: Quais são os principais projetos que a sua Secretaria tem desenvolvido e quais são as metas para o futuro?

Ana: Um dos grandes projetos que temos é o Jovem Aprendiz, que já está quase pronto para ser lançado. Só não foi lançado ainda devido a algumas questões burocráticas. A documentação está toda pronta, já fizemos o protocolo na Superintendência do Trabalho, porque é preciso que o Ministério do Trabalho aprove isso no município de Machado. Diante disso, posso afirmar: a implantação do Menor Aprendiz vai acontecer. E isto é muito importante para os jovens de 14 até 24 anos, que poderão ser inseridos no mercado de trabalho e, paralelamente, ser acompanhados na escola e receber capacitações. São sete cursos de capacitação que estão sendo trazidos para acontecer paralelamente ao trabalho e à escola. Então, vai ser feito um acompanhamento efetivo junto às instituições de ensino, para que os alunos não fiquem longe da escola e, ao mesmo tempo, trabalhem. Esse é um projeto muito bacana, e acho que município precisava dele para socorrer esses meninos que ainda não caíram no crime e até os que já estão na criminalidade ou pagam medidas socioeducativas. É um trabalho que estamos fazendo de forma diferenciada, criando nos jovens um comprometimento com a sociedade, demonstrando que eles podem ser úteis. É uma visão muito legal e que está me deixando imensamente feliz. Outros trabalhos que estamos desenvolvendo são os serviços de fortalecimento de vínculos com crianças, adolescentes e idosos. No grupo dos idosos, por exemplo, temos o projeto “Histórias de uma vida”, que enriquece o trabalho dos profissionais do CRAS junto aos senhores da melhor idade. Nele, temos 105 participantes. E esse trabalho resgata a história das pessoas através de coletâneas de objetos, fotografias, cartas… Tudo aquilo que a família pode ter em casa e que leve o idoso à construção de sua história em conjunto com os colegas, promovendo a recordação de bons momentos vividos no passado, prevenindo o Alzheimer, porque vão estar ali relembrando, pensando e vivendo de novo as coisas. Com relação às crianças, temos o projeto de dança, em parceria com a Secretaria de Educação, lá no CAIC (Centro de Atendimento Integrado à Criança), no bairro Santa Luíza. Nesse trabalho, contamos com a presença de oitenta crianças e com a possibilidade de vir mais ainda. Neste projeto também temos as oficinas de teatro e de música. Futuramente, pretendemos disponibilizar mais trabalhos a os outros bairros para promover o envolvimento e fortalecimento de vínculo familiar nas comunidades.

GM: No próximo dia 5 (quarta-feira), a Secretaria de Assistência Social promove a sua Conferência Municipal. O evento abordará diversos assuntos relacionados à família e a grupos sociais atendidos pela pasta. Qual é a importância da participação popular nesse acontecimento e que diretrizes serão debatidas?

Ana: A Conferência Municipal de Assistência Social vai acontecer no dia 5 de julho, a partir das 14 horas, no Anfiteatro da Prefeitura, com o tema “Garantia de direitos no fortalecimento do SUAS (Sistema Único de Assistência Social)”. Ela tem como principal objetivo estipular o cumprimento de determinações do MDS (Ministério de Desenvolvimento Social), na forma de trabalhar e o que disponibilizar àqueles indivíduos que precisam ter os seus direitos sociais garantidos através do SUAS, fortalecendo, assim, a nossa atuação e cumprindo as determinações do MDS. Com esse evento, pretendemos fortalecer o Sistema da Assistência Social para que o cidadão tenha seus direitos garantidos. Sendo assim, a conferencia será importantíssima e deverá contar com a presença de representantes de diversos segmentos da sociedade, não só da Assistência Social, mas da população como um todo, porque, nessa conferência, poderemos debater os problemas atuais vividos no município, as pessoas poderão dar sugestões e ouvir como a Assistência Social tem que trabalhar, as metas que o município e o governo possuem, o que o SUAS fortalece… Enfim, nesse evento, vamos debater vários temas que nos levem a melhorar aquilo que está com falhas. No final do acontecimento, elegeremos dois delegados de Machado, que vão representar o município na Conferência Estadual de Assistência Social, em Belo Horizonte, de onde serão indicados mais dois delgados para a Conferência Nacional. Então, desses encontros é que saem novas ideias e propostas para fortalecer o trabalho do SUAS e, claro, para melhorar o trabalho de vida. Outro assunto importante e que será abordado na Conferência é o projeto de construção da segunda unidade do CRAS que desenvolveremos no Jardim Nova Machado, na Rua Aracajú. Essa proposta já foi lançada pelo Governo do Estado e estamos muito empenhados. O prefeito tem apoiado muito a iniciativa, e estou muitíssimo envolvida nisso. Machado precisa de uma cobertura maior dos serviços da Ação Social, e estamos batalhando por isso.

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