JUSTIÇA ELEITORAL INDEFERE PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA DE EX-VEREADOR AO EXECUTIVO EM GUAPÉ
O Juiz da 122ª Zona Eleitoral de Guapé – MG, Fabiano Teixeira Perlato, indeferiu, no último dia 19 (quinta-feira), o pedido de registro de candidatura do aspirante à Prefeitura de Guapé – MG nas Eleições 2024, Thiago Câmara, da Federação PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira)/Cidadania. A impugnação da solicitação do político para participar do pleito se deu após denúncia ofertada pelo MPE (Ministério Público Eleitoral) e pelo concorrente Pedro Luís Simões, do PL (Partido Liberal) em função do requerente estar inelegível devido dois processos de cassação aos quais foi submetido em 2022, quando era vereador na Câmara do referido município. Com o veredito, o candidato fica, num primeiro instante, inapto a concorrer ao cargo eletivo. Porém, ele ainda pode recorrer da decisão em instâncias superiores, como o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e até disputar as eleições sob júdice. Confira, abaixo, a decisão proferida pelo Juiz Eleitoral:
Candidatos à Prefeitura em Guapé
Em 2024, o Município de Guapé, terá três candidatos à Prefeitura: o médico Pedro Luís, do PL, que concorre à primeira vez ao cargo; o atual chefe Executivo, Evandro de Oliveira, do PSD (Partido da Social Democracia), que assumiu o posto após o companheiro de mandato, Nelson Lara, ser preso em operação promovida no dia 7 de fevereiro deste ano, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em razão de um esquema de corrupção descoberto na Prefeitura de Guapé; e Thiago Câmara, da Federação PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira)/Cidadania, cassado pelos colegas de Legislativo, em setembro de 2022, em decorrência de dois processos por quebra de decoro e fraude. Além disso, ele ainda é acusado em um terceiro processo por injúria racial contra uma colega de Legislativo.
Histórico reincidente
Durante o exercício dos primeiros dois anos como vereador do município de Guapé, Thiago se tornou alvo de três processos. Um ainda continua em aberto. Nos outros dois, o político foi cassado.
No primeiro, o então vereador foi acusado por um cidadão de cometer injúria racial e de ter quebrado o decoro parlamentar durante uma live feita nas redes sociais, na qual xingou a referida pessoa com palavras de baixo calão.
O segundo processo foi instaurado a pedido de outra cidadã e dizia respeito a uma fraude feita na tramitação de um projeto de lei de iniciativa popular, no qual adulterou o documento depois de apresentado, descumprindo o Regimento Interno da Câmara, que exige o colhimento de assinaturas no verso do texto do projeto de lei, mas as mesmas foram colocadas nas costas de um papel em branco.
Thiago então teria sido orientado a corrigir e, dias depois, o projeto retornou com as mesmas assinaturas com o texto do projeto impresso nas costas. A Câmara solicitou ajuda da Polícia Civil para apurar o caso e a fraude foi constatada, resultando no processo de cassação do vereador.
Além dos dois processos já julgados, ainda há terceiro o caso em aberto por quebra de decoro parlamentar, devido a falas que teriam culminado em injúria racial contra uma vereadora. Este processo ainda não foi colocado em votação. Uma comissão da Câmara vai avaliar o caso após a cassação nos outros dois processos.