IRMÃOS MACHADENSES SÃO APROVADOS EM SELETIVAS DE FUTEBOL E ASSINAM CONTRATOS COM GRANDE CLUBE BRASILEIRO E EQUIPE DO EXTERIOR
Aprovados e encantando os olheiros pelas peneiras de clubes de futebol que passam. Assim tem sido os desempenhos dos irmãos machadenses Kauã e Pedro Lucas Codignole, de 15 e 10 anos, respectivamente. Escolhidos recentemente em seletivas promovidas no interior paulista, os filhos de Fabiana e Maycon, estão de malas prontas para integrarem suas novas equipes de base: o São Paulo Futebol Clube e o Safor Academy Football Club, de Valência, na Espanha.
Ambos os garotos foram descobertos e convidados a integrarem as categorias iniciais dos referidos times após participarem de uma peneira do próprio Safor, em Águas de Lindóia – SP, onde já haviam disputado um campeonato pela escolinha Nakatta, de Araras – SP.
Na oportunidade, os meninos encantaram os olheiros. Dentre os caça-talentos estava Palhinha, ex-jogador do Tricolor Paulista. Encantado com o talento Pedro, o atacante aposentado do São Paulo conversou com os pais do garoto e solicitou autorização para encaminhá-lo ao Centro de Formação de Jogadores de Cotia – SP para fazer uma série de avaliações e tentar integrá-lo às categorias de base do clube.
Com o aval positivo dos genitores, o garoto foi para a base do São Paulo, onde ficou cinco dias passando por testes. “Foi uma felicidade muito grande ver que o Pedro está alcançando seus objetivos. Ele é um menino muito humilde, de um coração de ouro. Quando ouviu seu nome dentre os escolhidos para ficar, chorava de felicidade. Ele luta constantemente para realizar o sonho de ser jogador profissional de futebol. Eu e o pai dele também nos esforçamos ao máximo, enfrentamos várias lutas para que ele sempre consiga alcançar suas metas. Toda a família apoia ele e o irmão Kauã no futebol. Acompanhamos todos os jogos dos dois e torcemos como loucos por ambos”, conta a mãe dos dois atletas. “A gente fica impressionado com as conquistas desses dois meninos, que, a cada dia, apresenta novas habilidades, enchendo os olhos de todos. Pedro sempre se espelhou no Kauã, e isso faz com que os dois se fortaleçam”.
Para a genitora de Pedro, esta é uma vitória para o garoto, que já tinha sido aprovado em outras peneiras, mas não conseguiu permanecer nos clubes devido à idade. “Pedro começou a jogar bola através do irmão Kauã, que já competia desde os 7 anos. Ele foi uma grande influência para o começo da carreira do irmão mais novo. Há pouco tempo, Pedro era um garoto que nunca tinha jogado em um campo de futebol. Ele gostava muito de jogar bola, mas, com a pandemia, não tínhamos escolinhas que pudessem acolhê-lo. Então, ele se divertia e desenvolvia suas habilidades jogando sozinho na rua, na porta de sua casa. Assim que a pandemia foi ficando mais branda e foram sendo liberadas as vacinas, a Prefeitura de Machado promoveu uma seletiva na cidade com o olheiro Tupã, do Clube de Regatas do Flamengo. Naquela oportunidade, ele foi o primeiro garoto selecionado, surpreendendo a todos, até mesmo a família, com o futebol que apresentou. Com isso, Pedro ganhou a primeira oportunidade e foi para o Trieste (equipe pertencente ao clube carioca) fazer uma avaliação. Ficou lá por uma semana. Mas, como ainda tinha apenas 8 anos, não poderia permanecer. Daí, ele retornou a Machado e continuou treinando com os professores Mayara Andrade e Samuel Signoretti. Com eles corrigiu alguns vícios e descobriu sua posição correta. Naquela época, ganhou também o apelido de ‘fominha’, já que buscava constantemente o aperfeiçoamento de suas técnicas para realizar o sonho de ser um jogador profissional. Ele nunca perdeu um treino e, quando chegava em casa, ainda ia jogar na sala, na rua, no quintal… Nunca estava cansado para a bola”.
E foi graças a esta “fome de bola” e aos vários amigos que o pai dele conheceu no mundo do futebol que Pedro participou de vários amistosos pela região de São Paulo, chegando a fazer testes em dois grandes clubes paulistas. “Depois de disputar a Copa de Lindóia jogando pela Escolinha Nakatta, de Araras, Pedro chamou a atenção de vários olheiros com suas habilidades. Devido a isso, o próprio técnico acreditou no potencial dele e o levou para para o Santos. Depois de alguns testes, não obteve sucesso e foi dispensado. Pouco tempo depois, ao disputar um amistoso no Estado de São Paulo, o observador Ercson de Sá o viu jogando e ficou impressionado com o talento, encaminhando-o ao Corinthians. No Timão, Pedro fez uma bela apresentação, mas ainda faltava alguma coisa, e, mais uma vez, foi dispensado. Mesmo assim, ele nunca desistiu e continuou seu treinando constantemente com seus professores, até integrar a equipe machadense que disputa a Copa Alterosa de Futebol Amador. Neste time, jogava com a camisa 11 e dava seu melhor para tentar conseguir a 10. Continuou lutando para se aperfeiçoar, sempre seguindo os conselhos dos professores Ruan Domingues e Samuel, e recebeu a tão sonhada camisa 10. Depois disso, participou da peneira do time espanhol e ganhou a oportunidade de ser avaliado no São Paulo, clube no qual foi reconhecido e com quem assinará contrato nos próximos dias”.
Inspiração do irmão mais novo, o jovem Kauã também está dando saltos altos rumo ao profissionalismo no futebol. Com a aprovação para integrar as categorias de base do Safor Academy, o jovem jogador machadense tem trajetória parecida com a de Pedro. “O Kauã começou a jogar futebol com 5 anos de idade, na Escolinha Camisa 10, do professor e treinador Ruan Domingues. Depois, foi selecionado para integrar o projeto Zico 10, disponibilizado pela Prefeitura de Machado. Ele sempre manteve seu futebol com esforço e dedicação, fato que o fez ser convidado para treinar na Escolinha Nakatta, em Araras. Lá, Kauã se destacou e encantou o olheiro Ercson de Sá, que o levou para fazer um teste no São Bento, de Sorocaba – SP.
Retornando a Machado, Kauã recebeu um novo comunicado para fazer uma avaliação no Corinthians. Depois, ele fez novos testes no Safor Academy, da Espanha, e obteve êxito, recebendo um sim para jogar no exterior. Com isso, Kauã repensou sua carreira e resolveu aceitar o convite. Ele já se prepara para ir a Valência fazer os testes e acertar os detalhes finais do contrato”, revela Fabiana. “O Kauã é um menino com muita força de vontade e que sempre correu atrás de seus sonhos com perseverança. Ele sonha em chegar longe, e esses são os primeiros passos rumo a uma bela jornada”.
No dia 26 de junho (segunda-feira), Kauã retorna a Águas de Lindóia, onde ficará durante três meses, antes de partir para a Espanha.
Já Pedro deve retornar ao São Paulo Futebol Clube num prazo máximo de dez dias para assinar contrato e iniciar os treinamentos.
A trajetória dos Irmãos Codignole no futebol profissional nacional e internacional você acompanha aqui no site da Gazeta.