60EBBE17-0593-40E3-9854-1F0640FFFE56
IMG_0883
ec425dab-f0ca-4cd7-a252-d6c8f0a2902f
previous arrow
next arrow
CULTURA

CONGADA MACHADENSE É RECONHECIDA OFICIALMENTE COMO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS


Prefeito Maycon Willian da Silva acompanhou, ao lado do vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus Simões, e outras autoridades. Reconhecimento da tradição cultural faz parte de um projeto iniciado pela atual gestão.

Na manhã deste sábado (3), representantes dos 19 grupos de congo da cidade de Machado, que compõem o Terno Modelo de Demonstração da Associação dos Congadeiros, juntamente com o prefeito Maycon Willian da Silva participaram, na Praça da Liberdade e no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, de um grande ato que reconheceu as congadas como patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais através da entrega de um dossiê ao Conep (Conselho Estadual do Patrimônio Cultural). A indicação do município para compor o seleto grupo se deu através do diretor de Proteção e Memória do Iepha – MG (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico), Adriano Maximiano, com anuência do secretário estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira. A solenidade também contou com a presença do vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus Simões, e outras autoridades.

Lançado há três anos pelo Iepha – MG, o Cadastro das Congadas e Reinados de Minas Gerais já registrou, até agora, 963 grupos em todo o estado. Estudos preliminares apontaram que municípios como Machado, Uberlândia, Dores do Indaiá e Belo Horizonte possuíam uma significativa quantidade de grupos, ternos e manifestações relacionadas às congadas e reinados, tornando-se aptos ao reconhecimento dos caminhos, celebrações e expressões do Rosário como patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais.

Além do reconhecimento dos grupos culturais a nível estadual, o evento ainda contou com o lançamento do projeto “Cozinha das Afro-Mineiridades”, atividade que conta com vivências, encontros e a exposição da bandeira localizada na Capela de Nossa Senhora das Necessidades, em Ouro Preto. A flâmula é datada com mais de duzentos anos. Ela é feita de ferro fundido, utilizando técnica africana, e pintada com elementos minerais e vegetais, típicos de Minas Gerais. Além disso, a peça é considerada patrimônio da fé em Nossa Senhora do Rosário e aos santos negros.

A Prefeitura de Machado, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, foi a responsável pelo cadastramento das congadas de Machado e inserção das mesmas no dossiê estadual mediante consulta à Associação dos Congadeiros. “Entrar no Palácio da Liberdade, ao lado de autoridades de Minas Gerais, foi um momento único e emocionante, especialmente por estar em um local que foi palco de governos de presidentes brasileiros como Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves e Itamar Franco. Este trabalho foi iniciado em 2021, com o cadastro e pesquisa da Congada de Machado, colocando-a no mapa cultural brasileiro. Desde então, trabalhamos arduamente para chegar a este resultado de hoje, que não só nos enche orgulho e alegria, mas reconhece o nosso povo, a nossa cultura, valorizando nossa arte”, afirmou o chefe do Executivo machadense.

Para o evento na capital do Estado, além do Terno Modelo de Demonstração, da Associação dos Congadeiros, também se fizeram presentes as guardas de São Benedito, o Rei Congo, João Thomaz, o Rei Perpétuo, Samuel Santana, e as rainhas da corte.

O congado

O Congado (Congada) ou Reinado é uma manifestação religiosa afro-brasileira iniciada no século XVII. Sua origem é nos ritos de coroação dos reis negros e africanos, que foi ressignificada no Brasil. Desde o princípio, a celebração esteve vinculada aos festejos das irmandades religiosas, principalmente negras, como as de Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia e São Benedito. A manifestação cultural está enraizada na cultura mineira e possui uma diversidade de matrizes, denominação de grupos, formas de expressão e ritos.

 

Compartilhe