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POLÍCIA

BANDIDOS SEQUESTRAM GERENTE DE BANCO E FAMÍLIA, INVADEM AGÊNCIA E FOGEM EM SEGUIDA

A família do gerente de uma agência bancária do Sicoob, em Machado, passou por momentos de pânico, na madrugada desta quarta-feira (20), ao ser sequestrada por bandidos. As vítimas foram surpreendidas pelos assaltantes na própria residência em que moram. Os autores do crime ainda invadiram a sede local da instituição financeira, onde tiveram acesso ao cofre. Os valores subtraídos ultrapassam a casa dos R$ 240 mil.

De acordo com as informações obtidas pela reportagem da Gazeta, por volta de 9 horas, a Polícia Militar foi acionada a comparecer à Avenida Artur Bernardes, no bairro Ouro Verde, na agência do banco Sicoob, para registrar um assalto seguido de sequestro.

Na instituição financeira, o gerente S.C.O. (59 anos) relatou que, na noite do dia 19 (terça-feira), por volta de 21h30, se encontrava em sua residência, situada na cidade de Alfenas, com a porta aberta devido ao calor e o portão fechado, quando um indivíduo, armado com um revólver, pulou o muro da frente e o rendeu ele. Em seguida, o meliante abriu o portão e um comparsa adentrou o imóvel já rendendo o restante da família do bancário (a esposa, os quatro filhos e uma prima da companheira).

Ainda segundo S., depois de abordarem todos que estavam na casa, os bandidos pediram que ele entregasse o telefone celular e conferiram conversas mantidas  outros colegas da cidade de Machado. Além disso, os criminosos os ameaçavam de morte a todo instante e confessaram que o monitoravam há, aproximadamente, três meses, e que, por cerca de quatro vezes, compareceram à residência dele para concretizar o delito, mas, nas datas em questão, existia grande movimentação na rua, fato que os levaram a desistir do ato.

No decorrer do depoimento, S. disse também que, por volta de 2h25 da manhã, outros quatro autores buscaram a família dele e saíram, ficando somente ele e dois autores na residência. Pela manhã, um dos bandidos vestiu uma camisa social do bancário, geralmente utilizada no trabalho, e deixou uma camisa listrada na casa. Depois pegaram o carro da vítima, um Chevrolet Classic, e se dirigiram a Machado, enquanto o restante da família ficou em meio a um cafezal com os outros quatro autores.

Ao chegarem na agência do banco, por volta da 7h50, o assaltante avisou a S. que cada funcionário que chegasse deveria ser chamado para subir à sua sala, entregar o telefone celular e desligá-lo. E assim foi feito com o tesoureiro da agência, J.R.O. (idade não revelada), que, ao chegar no referido setor, se deparou com os bandidos e o chefe. Pouco tempo depois, ele ficou sabendo que a família de S. também havia sido sequestrada e estava em poder de outros indivíduos e assim permaneceria até que o cofre da agência fosse aberto.

Após receber a ordem, J. acionou o sistema de abertura do cofre, enquanto o gerente buscava sacos de lixo pretos para os meliantes guardarem uma grande quantia em dinheiro subtraída do citado componente. Feito isso, o autor pegou o roteador da internet e danificou a fiação do sistema de rede da agência, antes de mandar S. sair com os sacos de lixo e ir até o carro para não causar suspeição, fugindo em seguida sentido à rodoviária.

Por fim, S. revelou que sua residência não possui câmeras de monitoramento e, provavelmente, os autores não são da região, pois o rapaz que dirigia o seu carro se perdeu no trevo da cidade de Alfenas, precisando de ajuda para chegar até Machado.

A Perícia da Polícia Civil foi acionada e compareceu à agência para efetuar os serviços de praxe.

No local, o diretor financeiro da empresa autorizou ao tesoureiro J. que fizesse, na presença de duas testemunhas, a contagem da quantia levada, totalizando mais de R$ 246 mil.

Os funcionários do banco também conseguiram resgatar imagens da ação do autor, desde a sua chegada até a fuga.

Diante dos fatos a PM e a Polícia Civil, com reforços de equipes de Alfenas, iniciaram os rastreamentos para encontrar os criminosos. Informações foram repassadas às cidades vizinhas, mas sem êxito até o fechamento desta matéria.

Testemunha ocular

Toda a ação era desencadeada dentro do banco foi acompanhada por um dos seguranças, que havia chegado para trabalhar, mas não foi visto pelo criminoso.

Segundo o vigilante, ao chegar na sede da instituição financeira, ele encontrou o tesoureiro J. e viu um indivíduo vestido com uma camisa do banco e utilizando máscara de proteção escura, saindo com um saco de lixo preto. Ele estranhou tal situação, mas pensou se tratar de cheques que seriam queimados.

Porém, ao tentar perguntar ao tesoureiro o que estava acontecendo, foi repreendido com um sinal para que ficasse quieto. Ao retornar ao estacionamento, viu o autor saindo no carro pertencente ao gerente S., evadindo logo em seguida.

Carro incendiado

Por volta de 9 horas, a PM recebeu informações de que, no município de Serrania, um veículo teria sido incendiado próximo ao antigo cemitério, na altura do quilômetro 15 da rodovia MG 179, a aproximadamente novecentos metros da estrada que liga Alfenas a Machado.

A PM se deslocou até o referido lugar e constatou a veracidade dos fatos. O automóvel em questão foi identificado como Chevrolet Zafira, preto, com placas DCY – 3365, de Araras – SP, roubado na referida cidade no dia 29 de setembro de 2020.

Já o carro do gerente S. foi abandonado ali perto, no quilômetro 16 da MG 179 no meio do cafezal. Ele estava com as portas abertas e os faróis acesos.

A Perícia da Polícia Civil também esteve no local e efetuou os serviços de praxe.

Família liberada

Enquanto a Polícia trabalhava para tentar capturar os autores do crime, por volta das 9h50, a esposa de S. fez contato telefônico com o mesmo e informou que se encontrava em uma fazenda com os demais familiares, e todos passavam bem.

Com isso, policiais se dirigiram ao referido lugar para pegar os depoimentos das vítimas. Em contato com a prima da mulher de S., os policiais foram cientificados de que, após renderem a família, por volta de 3 horas, os assaltantes os colocaram no veículo do bancário e foram para um cafezal, onde foram deixados abaixados em um veículo Zafira, de cor escura. A todo momento, as vítimas eram ameaçadas e obrigadas a permanecerem com a cabeça abaixada. E assim ficaram até o instante em que o grupo inteiro fugiu, tomando rumo ignorado.

Investigações

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Novidades serão repassadas aqui no site da Gazeta

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