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POLÍCIA

PM REGISTRA CASO DE MAUS TRATOS NA ZONA RURAL DE MACHADO

Um caso de extrema crueldade e falta de compaixão com os animais foi registrado pela Polícia Militar, na manhã do último dia 5 (quarta-feira), no bairro rural Caixetas, em Machado. A situação de maus-tratos flagrada pelas autoridades, após denúncias feitas por populares, diz respeito ao caso de uma égua e um potro (filhote dela) que eram mantidos em um lugar sem abrigo e em condições totalmente precárias, com água suja de barro e sem alimentos. O equino mais velho não resistiu à desnutrição e faleceu, deixando o pequeno cavalo (também com quadro grave de saúde), que foi resgatado e entregue ao Setor de Zoonose da Prefeitura para receber os devidos cuidados e passar por tratamento médico para tentar se reabilitar. Os donos dos animais alegam que estavam zelando pelos mesmos, mas as evidências obtidas pelas autoridades comprovaram o contrário. O fato foi encaminhado à Polícia Civil, que já pediu representação junto ao Juizado da Comarca para punir os responsáveis pelos cavalos.
De acordo com as informações obtidas pela reportagem do JPF, por volta das 8 horas, uma zootecnista e assistente de Zoonoses da Prefeitura de Machado entrou em contato com a equipe da 164ª Cia. PM e solicitou apoio para averiguar uma situação de abuso e maus-tratos contra uma égua e um potro na referida comunidade. Imediatamente, guarnições acompanharam a profissional. Ao chegarem no local indicado, eles encontraram a égua deitada ao solo, já sem vida, e o potro ao lado dela, tentando se amamentar. O dono do animal também estava por lá.
Ao ser questionado sobre o que havia acontecido na propriedade e o motivo do cavalo ter morrido e o outro, ainda filhote, estar tão magro, o rapaz contou que, em dezembro, a égua tinha parido e, desde então, passou a emagrecer, sem motivos aparentes. Ainda em depoimento, o homem relatou que ia à propriedade todos os dias levar ração e colocar água para os animais e que, no dia 4 (terça-feira), tinha sido notificado pela assistente de Zoonose da Prefeitura sobre denúncias dando conta de que os equinos estavam em situação de maus-tratos, fato que o levou a chamar um médico veterinário para examinar a égua. Porém, na manhã seguinte, quando retornou ao sítio, ela já estava morta.


Logo depois de ouvir o acusado, a PM conversou com a representante do Executivo. Em depoimento, a moça afirmou que tinha feito um relatório sobre o caso, no qual constatava a prática de maus-tratos contra os animais, que se encontravam em estado de desnutrição profunda, fechados em um ambiente cheio de barro, que não possuía abrigo, ficando expostos ao tempo, sem pastagens para se alimentarem, comendo folhas de bananeiras, e consumindo uma água suja de terra.
Ainda segundo a zootecnista, outro laudo, emitido por uma médica veterinária da Prefeitura, comprovou que houve negligência por parte do proprietário na criação dos equinos, já que não havia condições mínimas oferecidas aos animais, configurando os maus-tratos.


No desenrolar da ocorrência, o autor se prontificou a enterrar a égua e a cuidar do potro. No entanto, o filhote foi encaminhado ao depositário fiel e responsável pelo recolhimento de animais da Prefeitura para passar por exames e receber os cuidados necessários para a sua recuperação. A guarda do cavalo foi repassada à ONG Associação Quatro Patas.
O caso foi registrado em Boletim de Ocorrência e repassado à Polícia Civil, que instaurou um inquérito e encaminhou o processo ao Juizado da Comarca para que medidas urgentes sejam tomadas a fim de resolver a situação.
Por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, o autor não recebeu voz de prisão em flagrante. No entanto, ele assumiu o compromisso de comparecer ao Juizado Especial Criminal quando for convocado a prestar esclarecimentos sobre os fatos.

Em tempo: as fotos feitas pela Polícia Militar na propriedade citada e dos animais em situação de maus-tratos foram anexadas ao Boletim de Ocorrência e enviadas à Polícia Militar de Meio Ambiente de Alfenas para a lavratura de uma autuação contra o autor.

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