GAROTO MACHADENSE TEM A PERNA AMPUTADA APÓS SER PRENSADO POR ÔNIBUS EM SILVIANÓPOLIS
Um garoto machadense de 12 anos, residente no bairro Jardim das Oliveiras, teve uma das pernas amputadas após ser atropelado e prensado em um muro por um ônibus, na manhã do último dia 30 (domingo), em Silvianópolis. O menino, que estava viajando junto com a mãe, teria ido ao município vizinho para participar da apresentação de um terno de Congo durante a Festa do Rosário. A família pede ajuda para custear viagens e o tratamento pós-traumático, já que a vítima encontra-se internada em Pouso Alegre.
De acordo com as informações obtidas pela reportagem da Gazeta, por volta das 11 horas, uma Guarnição da Polícia Militar foi solicitada a comparecer à Rua Sagrados Corações, no Centro, em Silvianópolis, para averiguar um acidente de trânsito, no qual uma criança havia sido prensada por um ônibus contra um muro da Escola Municipal Silviano Brandão. Ao chegarem no local, os policiais perceberam que o veículo não se encontrava mais por lá e a vítima já havia sido socorrida até a UBS (Unidade Básica de Saúde) municipal.
Imediatamente, os militares se dirigiram à unidade de saúde, onde fizeram contato com a mãe do garoto, Mislayne Moreira (29). Em depoimento, a mulher relatou que tinha ido a Silvianópolis, junto com o filho Pablo Henrique (12) e um grupo de congada, para se apresentarem durante a Festa do Rosário. No entanto, no momento de desembarque do ônibus, o garoto saiu antes dela e ficou encostado em muro, sendo atingido posteriormente pelo coletivo e sofrendo uma fratura exposta na perna esquerda. “Viemos a Silvianópolis pra dançar na Festa do Rosário, que estava acontecendo na cidade, com a congada da família mesmo. Então, forneceram um ônibus cheio de irregularidades para transportar os componentes do terno, pois, desde que saímos de Machado, o veículo já estava dando problema no ar do freio. Mas, mesmo assim, o motorista seguiu viagem. Chegando aqui, ao invés de passar pelo caminho de costume, o condutor resolver ir por outro lugar e logo chegou na entrada da parte alta da cidade. Ali, ele parou o ônibus em um morro enorme. Os passageiros começaram a descer, e meu filho era um deles. Ele desembarcou e ficou de frente a um muro perto do ônibus. Após uma parte das pessoas terem descido e com o restante dos passageiros ainda em seu interior, o coletivo deu um soco pra frente e, em seguida, começou a descer, sem freio, momento em que pegou meu filho em cheio e esfregou a cabeça dele contra o muro. Depois, o ônibus bateu o retrovisor na parede e a derrubou. Desta forma, meu filho caiu de lado e a perna dele ficou prensada entre a roda do coletivo e os entulhos do muro, sendo completamente esmagada”.
Ainda conforme a mãe do garoto, na UBS de Silvianópolis, ele foi atendido pela médica plantonista, que acionou uma equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel e Urgência) para encaminha-lo ao Hospital Regional Samuel Libânio, em Pouso Alegre, onde o inimaginável aconteceu. “Depois de ser socorrido até a UBS de Silvianópolis, o Pablo precisou ser transferido para o Hospital Regional Samuel Libânio, em Pouso Alegre. Lá, descobriram que já não dava pra fazer mais nada e, infelizmente, tiveram que amputar a perna dele”, lamentou a mãe do garoto.
Após colher a versão da mãe da vítima, os policiais entraram em contato com o motorista do ônibus, J.I.G. (62), para obter mais dados sobre o sinistro. Em depoimento, ele relatou que confirmou que tinha feito o transporte do grupo de congadeiros até o município e que parou o coletivo adequadamente para o desembarque das pessoas. O condutor também disse que desconhecia o motivo que fez o veículo descer sem controle, mas acredita que isso tenha ocorrido devido a uma falha ou defeito mecânico.
Por fim, J.I. revelou que quando o ônibus começou a descer ainda tentou pará-lo e desviar da vitima, mas sem êxito. Então, devido à gravidade do acidente, ele retirou o veículo do local para evitar outros sinistros e o estacionou em outra rua, na qual levou os PM’s para verificarem o coletivo, que não apresentava irregularidades aparentes.
O proprietário do ônibus também foi contatado pela Polícia Militar. Durante a conversa, ele não se manifestou sobre uma possível falha mecânica no veículo. Porém, se comprometeu em apoiar e auxiliar a vítima e seus familiares no que for preciso.
O caso foi registrado em Boletim de Ocorrência e encaminhado à Polícia Civil para que as devidas apurações sejam feitas.
Pedido de ajuda
Após o acidente, a mãe de Pablo, a jovem Mislayne, utilizou as redes sociais para pedir ajuda no tratamento do garoto.
Em uma postagem feita através do perfil da mãe dela, Renata, a genitora do menino relatou como se deu o sinistro e informou que o mesmo permanece internado em Pouso Alegre. “Preciso muito da ajuda de vocês para custear os medicamentos, a gasolina (para ir visitá-lo diariamente no Hospital Regional Samuel Libânio), pra ajudar a comprar uma prótese pra ele, cadeira de rodas… tudo que ele vai precisar de imediato, assim que eu consiga agilizar tudo. Peço, de coração, a todos que puderem me ajudar, com qualquer valor em dinheiro ou psicologicamente também. Vamos precisar muito”.
Para quem quiser colaborar com a família, basta enviar a sua doação através da chave Pix 09086227678 (CPF), em nome de Mislayne da Silva Moreira.
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (35) 99891-9941 (Mislayne) ou (35) 98894-0961 (Renata).
Nota da Prefeitura
Diante da situação e de alguns boatos espalhados pela cidade de Machado, o prefeito Maycon Willian da Silva também se manifestou sobre o caso e se dispôs a ajudar no que for necessário.
Confira a nota publicada nas rede sociais pelo chefe do Executivo:
“Venho a público manifestar minha profunda solidariedade à família de Pablo Henrique da Silva Correia, vítima do acidente envolvendo um ônibus na cidade de Silvianópolis.
Esclarecemos que nem o motorista do ônibus e nem o veículo são da Prefeitura de Machado. Estamos cientes da gravidade do ocorrido e, através da Secretaria de Saúde, estamos prestando todo o apoio necessário à família e ao Pablo Henrique da Silva Correia.
Nos colocamos à disposição para colaborar com as investigações e auxiliar no que for preciso para que este caso seja elucidado”.
