SUSPEITO DE MATAR MULHER ENCONTRADA NO RIO MACHADO SE ENTREGA À POLÍCIA
Um rapaz, suspeito de matar a jovem Daniela Cândida Maranesi (22 anos), que foi encontrada morta no Rio Machado, no final da tarde do último dia 30 (sexta-feira), se entregou à Polícia Civil na tarde de hoje (5).
De acordo com as autoridades, Rafael de Lima Duarte chegou à Delegacia acompanhado de um advogado e confessou o crime. Ele alegou que matou a vitima, que era sua vizinha, após consumir drogas.
Mais detalhes do caso serão repassados em uma coletiva de imprensa marcada para amanhã (6).
Porém, relatos dos fatos foram divulgados nas redes sociais, inclusive replicados por um site de notícias de Alfenas, sobre como se deu o caso, a suspeita e denúncias para chegar até o autor do delito. Confira a reprodução na íntegra:
“Na data de 30/06/2017, por volta das 17 horas, no local denominado Ponte das Bandeirinhas, foi encontrado, nas águas no Rio Machado, um corpo de uma mulher com sinais de violência, sendo identificada posteriormente como sendo DANIELA CANDIDA MARANESI, de 22 anos de idade.
A Perícia compareceu no local e, de acordo com o perito criminal, havia várias escoriações pelo corpo e sinais no pescoço indicativo de estrangulamento.
O corpo foi encaminhado para Necropsia e, em contato com o médico legista, informou que realmente a morte se seu por asfixia, indicativo de estrangulamento. Foi colhido material visando exame de DNA para apurar possível abuso sexual.
Diligências preliminares apontaram como suspeito RAFAEL DE LIMA DUARTE, vizinho da vítima:
Em diligências, localizarmos e reduzimos a termo o depoimento de R.M.M, informando que conhece a vítima e, na data dos fatos, quando voltava do trabalho passou próximo à residência de RAFAEL e viu quando ele estava colocando uma pessoa enrolada em um pano escuro dentro de seu veículo. Disse ainda que a pessoa parecia estar morta, pois estava imóvel. Disse que caminhava pela estrada e, em seguida, viu quando RAFAEL passou por ela na estrada em alta velocidade rumo ao bairro Barreirinho. Em seguida, tomou conhecimento sobre a morte de DANIELA e acreditava que o corpo que tenha visto seria de DANIELA.
Dando continuidade às diligências, foi reduzido a termo o depoimento de J.I.L, informando ser esposo da testemunha R., tendo tomado conhecimento sobre o fato através de R. que teria visto RAFAEL colocando um corpo enrolado em um pano dentro do carro. Disse ainda que conhecia a vítima e o suspeito, sendo que ambos residem na propriedade de seu irmão, vizinho um do outro. Disse ter presenciado no sábado de manhã, ao passar em frente a residência de RAFAEL, ele lavando o carro, lavando o interior do carro.
Ainda reduzimos a termo depoimento da testemunha C. L.L., patrão do suspeito RAFAEL, informando ser proprietário do sítio onde RAFAEL reside com a esposa. Disse ainda que DANIELA também morava em seu sítio, distante uns cinquenta metros da residência de RAFAEL. Disse que, na data de 30/06/2017, a esposa de RAFAEL ligou no telefone de seu filho dizendo que RAFAEL não iria trabalhar, pois o carro havia estragado. Disse que retornou a ligação por volta das 15 horas para RAFAEL, sendo informado por ele que o carro estava sem bateria, motivo pelo qual não iria trabalhar. Informou ainda que chegou a presenciar RAFAEL lavando o interior do carro, inclusive lavando os bancos que estavam para fora do carro. Disse também que RAFAEL lhe disse que iria para a cidade de Alfenas, casa de parentes, motivo que não iria trabalhar no fim de semana.
Diante dos fatos, representamos pela prisão temporária de RAFAEL DE LIMA DUARTE, sendo deferido pelo MM Juiz da Comarca e de posse do Mandado de Prisão, encetamos diligências visando localizá-lo, porém, notícias chegavam dando conta que o mesmo estaria foragido na cidade de Alfenas. Diligências continuaram e, na data de ontem, fomos informados que a mãe de RAFAEL teria cometido suicídio, o que nos levou a crer ter sido em decorrência de ter tomando conhecimento sobre o crime cometido pelo filho.
Nesta data, RAFAEL juntamente com seu advogado, apresentou-se nesta Delegacia e prestou declarações, informando que teria sido o responsável pela morte de DANIELA e que o fez porque teria feito uso excessivo de drogas e num dado momento, quando estava em casa, DANIELA entrou para guardar umas roupas e ele, sem motivo nenhum, somente com fúria por estar sob efeito de drogas, atacou a vítima, estrangulando-a, até que a mesma caísse ao solo.
Disse ainda que arrastou a vítima até o seu carro, colocando-a no banco da frente e seguiu com intenção de esconder o corpo. Disse que percorreu alguns quilômetros, momento que a vítima restabeleceu e começou a forçar que parasse o carro, momento que deu vários socos na vítima e pegou o chave de rodas e desferiu vários golpes na cabeça o que causou ferimentos, sujando o carro de sangue. Ao parar próximo a Ponte das Bandeirinhas, retirou a vítima do carro e arremessou para o Rio Machado. Porém, a vítima caiu ao solo às margens do rio. Ele desceu e a jogou dentro das águas. Disse que, em seguida, foi pra casa, sua esposa chegou e tiveram uma discussão em razão dele ter feito uso de drogas. No dia seguinte, lavou o carro, pois estava sujo de sangue e, como sua esposa tomou conhecimento da morte da vítima, resolveu ir pra casa da sogra que reside em Alfenas. Permaneceram lá até segunda feira, dia que resolveu contar aos seus pais e à esposa o que havia feito. Sua mãe, durante a noite cometeu suicídio e, nesta data, ele resolveu se entregar”.