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POLÍTICA

MUDANÇAS ADMINISTRATIVAS NO SAAE PREVEEM ECONOMIA DE APROXIMADAMENTE R$ 200 MIL POR ANO

O SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Machado tem um novo diretor adjunto. Trata-se do servidor Bruno Caldeira, escolhido pelos próprios colegas através de uma eleição interna, na qual todos os funcionários puderam votar. O processo de escolha do novo dirigente se deu através de uma proposta feita pelo prefeito Maycon Willian da Silva de extinguir o cargo de diretor geral da autarquia, criado em outra gestão e que, geralmente, era ocupado por pessoas oriundas de outras cidades e até estados, através de indicações políticas. O ato tem sido considerado histórico por todos os envolvidos, já que valoriza as opiniões dos próprios servidores e lhes dá o poder de decidir quem será indicado para “comandar” a instituição. A eleição foi realizada no último dia 11 (segunda-feira). Com a medida, a previsão é de que haja uma economia de, aproximadamente, R$ 200 mil, por ano. Todo esse montante deverá ser investido no aprimoramento das atividades da companhia, com o propósito de garantir uma prestação de serviços de qualidade à população. A escolha para a função de diretor adjunto acontecerá a cada dois anos, com possibilidade de reeleição. Mesmo com a indicação já feita para a ocupação do cargo, a proposta ainda será analisada e votada pela Câmara de Vereadores nos próximos dias.

“Me reuni com todos os servidores do SAAE e gostaríamos de agradecer àqueles que criaram o cargo há muitos anos atrás. Tivemos a contribuição desses diretores, mas, agora, em consenso com todos os servidores, achamos que a melhor saída é extinguir esse cargo de Diretoria do SAAE para que possamos ter economia. Além disso, queremos usar esse recurso para promover melhorias no SAAE. Então, optamos por encaminhar uma lei, nos próximos dias, à Câmara de Vereadores para que o diretor do SAAE possa ser eleito pelos próprios colegas daqui em diante. Teremos, agora, uma democracia interna dentro do SAAE, possibilidade união entre os servidores e fazendo com que todos caminhem com um propósito em comum, promovendo uma prestação de serviço de qualidade à comunidade e, ao mesmo tempo, trabalhando em harmonia. Já fizemos essa primeira eleição hoje e, com a maioria dos votos, o nosso amigo Bruno foi o escolhido para estar à frente do SAAE nos próximos dois anos. Também foi acertado que essa eleição acontecerá a cada dois anos, com possibilidade de reeleição. Todo o projeto está sendo estruturado e o encaminharemos à Câmara para que seja legalizado e promulgado. Que Deus abençoe a todos e que, a cada dia, possamos entregar uma prestação de serviço de qualidade para a população de Machado. Tenho certeza que fizemos a nossa parte. Agora é trabalhar crescer cada dia mais e promover melhorias na prestação de serviços à população”, disse o prefeito Maycon Willian.

A criação do cargo

O cargo de diretor geral do SAAE foi criado no dia 7 de outubro de 2013, na última gestão do prefeito Carlos Alberto Dias (Carlão). Na ocasião, o projeto aprovado pela Câmara de Vereadores gerou bastante polêmica e contestações, já que os vencimentos do ocupante daquela cadeira girariam em torno de R$ 7 mil. Relembre a matéria feita pela reportagem da Gazeta à época:

Câmara aprova cargo com salário de R$ 7 mil para o SAAE

A Câmara de Machado aprovou, por sete votos a cinco, a criação do cargo de diretor geral para o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). Esta foi uma das poucas votações em que um projeto do Executivo não teve apoio unânime, por conta da polêmica criada pelo salário a ser pago (R$ 7 mil) e pelo fato de um profissional de outro município já ter garantida a sua contratação. A opinião pública ficou dividida e foram muitos os protestos que levaram parte dos vereadores a rejeitar a proposta.
A atenção ao projeto foi grande. Funcionários da autarquia se fizeram presentes para acompanhar a sessão, marcada por poucos pronunciamentos sobre outros temas, exceto os relacionados a alguns pedidos de providências, comuns em todas as reuniões, como consertos de vias, aumento de efetivo policial e outros. Os principais discursos, no entanto, foram mesmo os relacionados às defesas e às contraposições ao novo posto.
William Conti foi um dos defensores. Segundo ele, uma instituição da importância do SAAE precisa de um cargo como o que estava sendo criado, principalmente para acabar com o acúmulo de funções do atual gestor da entidade, o engenheiro e diretor adjunto, Jair Macedo. “Acho que duas cabeças pensam melhor que uma. A administração não pode ficar na mão de uma só pessoa. Acho válido quando se divide a responsabilidade e se traz gente para somar, com certa experiência”.
Já o parlamentar Evâneo Caixeta (Doutor Evâneo) foi um dos que se manifestaram contra a proposta. Para ele, seria temerário contratar um funcionário de outro município para ocupar um posto tão importante e com salário tão alto. O edil ainda se disse preocupado com a possível transferência do SAAE para outra empresa, como a Copasa.
Por sua vez, Marcos Pereira (Professor Markito), também contrário à aprovação do projeto, seguiu o pensamento do colega em seu pronunciamento e citou o fato de que a criação do cargo e a remuneração podem significar aumento de gastos. “O Jair Macedo conduz o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Machado há 27 anos, com dois cargos acumulados. Ele é engenheiro concursado e diretor adjunto. Agora, cria-se um posto novo, com salário de R$ 7 mil, mas o atual diretor não terá perda salarial. Se tiver será infinitamente pequena em vista do salário que está sendo criado”.
Porém, vereadores como Célio Alves (Célio da Caiana) e David Bornelli declararam apoio à novidade, afirmando, dentre outras coisas, que o novo cargo deverá somar para o crescimento da autarquia. “Uma empresa precisa pensar grande, não pode pensar pequeno. Quando pensamos pequeno, nos tornamos pequenos. Se o prefeito, que é o legítimo administrador de nossa cidade, acredita que isso vai ser bom, e o atual diretor do SAAE, que é a pessoa que mais conhece a instituição, diz que é favorável à criação do novo cargo (por estar sobrecarregado no acúmulo de funções) e o projeto conta com o seu aval, quem sou eu para votar contra”, declarou David Bornelli.
Após um bom tempo de discussões, o texto foi colocado à mesa para votação. Paulo Marcelo Nicodemo (Marcelo da Saúde), Messias Martins (Melão), Lenil Moraes, Aécio Almeida, Célio Alves, David Bornelli e Willian Conti deram aval à nova lei, enquanto Fabiano Sarzeda (Pastor Fabiano), José Jaime de Carvalho, Evâneo Caixeta, Alvina Ferreira e Marcos Pereira votaram contra.
Com o resultado, o projeto foi aprovado e segue para sanção do prefeito Carlos Alberto Dias.

 

 

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